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Rev Bras Epidemiol ; 23: e200095, 2020.
Article in Portuguese, English | MEDLINE | ID: covidwho-836019

ABSTRACT

OBJECTIVE: To assess, through space-time analyses, whether the income inequality of the Federative Units (FUs) in Brazil can be associated with the risk of infection and death by COVID-19. METHODS: This was an ecological study, based on secondary data on incidence and mortality rates for COVID-19. Data were analyzed at the state level, having the Gini coefficient as the main independent variable. Records of twelve days were used, spaced one week each, between April 21th and June 7th, 2020. The weekly variation in the rates was calculated through Prais-Winsten regression, aiming at measuring the evolution of the pandemic in each FU. Spearman's correlation test was used to assess correlation between the rates and their weekly evolution and the independent variables. Lastly, a spatial dependence diagnosis was conducted, and a Spatial Regression lag model was used when applicable. RESULTS: Incidence and mortality rates of COVID-19 increased in all Brazilian FUs, being more pronounced among those with greater economic inequality. Association between Gini coefficient and COVID-19 incidence and mortality rates remained even when demographic and spatial aspects were taken into account. CONCLUSION: Income inequality can play an important role in the impact of COVID-19 on the Brazilian territory, through absolute and contextual effects. Structural policies to reduce inequality are essential to face this and future health crises in Brazil.


OBJETIVO: Avaliar, por meio de análise espaçotemporal, se a desigualdade econômica das Unidades Federativas (UF) do Brasil pode estar associada com o risco de infecção e morte por COVID-19. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico, baseado em dados secundários das taxas de incidência e mortalidade para COVID-19. Os dados foram analisados em nível estadual, tendo como principal variável independente o coeficiente de Gini. Foram utilizados os registros de 12 dias, espaçados em uma semana cada, entre 21 de abril e 7 de julho de 2020. A variação semanal das taxas foi calculada pela regressão de Prais-Winsten, com o objetivo de medir a evolução da pandemia em cada UF. O teste de correlação de Spearman foi empregado para avaliar a correlação entre as taxas e suas evoluções semanais e as variáveis independentes. Por fim, realizou-se diagnóstico de dependência espacial dos dados e usou-se o modelo de defasagem da regressão espacial, quando aplicável. RESULTADOS: As taxas de incidência e mortalidade por COVID-19 foram crescentes em todas as UF brasileiras, tendo sido mais acentuada entre aquelas com maior desigualdade econômica. A associação entre coeficiente de Gini e incidência e mortalidade por COVID-19 manteve-se mesmo quando levados em consideração aspectos demográficos e espaciais. CONCLUSÃO: A desigualdade econômica pode exercer papel importante no impacto da COVID-19 em território brasileiro, por meio de efeitos absolutos e contextuais. Políticas estruturais para a redução da desigualdade são fundamentais para o enfrentamento dessa e de futuras crises sanitárias no Brasil.


Subject(s)
Coronavirus Infections/epidemiology , Health Status Disparities , Pandemics , Pneumonia, Viral/epidemiology , Brazil/epidemiology , COVID-19 , Coronavirus Infections/mortality , Humans , Pneumonia, Viral/mortality , Risk Assessment , Socioeconomic Factors
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